Impotência sexual e pacientes diabéticos: qual a relação?

O diabetes é uma doença crônica causada pela falta ou produção insuficiente da insulina, hormônio responsável pelo transporte da glicose no organismo, cuja função é proporcionar energia ao corpo. Quando não controlado, o diabetes pode trazer consequências negativas já conhecidas por muitos, como problemas de visão, rins, coração, nervos e membros inferiores, complicações respiratórias e desidratação.

O que poucas pessoas sabem é que a impotência sexual masculina também pode estar relacionada a problemas na produção de insulina no organismo. De acordo com a editora internacional de enciclopédias, livros e periódicos da área acadêmica, Wiley Online Library, a disfunção atinge mais de 50% dos pacientes diabéticos de maneira geral. Em pacientes que desenvolveram a diabetes tipo 2, o índice chega a 66,3%.

Mas porque a disfunção erétil pode ser uma consequência da diabetes?

Uma ereção satisfatória necessita que o pênis encha-se com certa quantidade de sangue. Em pacientes saudáveis, o sangue flui normalmente para o pênis durante o momento da ereção. No entanto, o diabetes dificulta esse processo, pois atinge quase todos os mecanismos necessários para uma ereção normal: o músculo liso trabecular, as vias nervosas e os vasos sanguíneos.

Em outras palavras, o que ocorre é o estreitamento das artérias, reduzindo o espaço para a circulação do sangue. Se os vasos sanguíneos não conseguem transportar a quantidade de sangue necessária ao pênis, a ereção fica prejudicada. Outro fator importante nesse quadro, é que a sensibilidade na região genital também é afetada pela grande quantidade de concentração de glicose no sangue, diminuindo a sensação de prazer e prejudicando o orgasmo.

O colesterol ruim (LDL), o aumento de outras gorduras no sangue e a aterosclerose, condição caracterizada pelo acúmulo de gordura nas paredes das artérias, também são consequências da diabetes. Elas podem entupir alguns vasos sanguíneos e aumentam o risco de o paciente desenvolver impotência sexual. Além disso, pacientes que sofrem com outras condições crônicas têm riscos ainda maiores de apresentar piora no quadro de disfunção erétil. Hipertensão arterial, obesidade, tabagismo e sedentarismo são alguns dos fatores de risco que podem agravar o quadro.

É preciso deixar claro que nem todos os pacientes diabéticos irão desenvolver a disfunção erétil. Adotar hábitos saudáveis com uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas é fundamental para evitar esse quadro. Lembre-se também de usar corretamente os medicamentos prescritos pelo seu médico.

A impotência sexual provocada pela diabetes tem tratamento?

Sim! Com o tratamento adequado, essa situação pode ser revertida. Basta buscar orientação de um urologista de confiança. Existem algumas opções que podem proporcionar mais qualidade de vida ao paciente. As principais são:

  • Tratamento medicamentoso oral
    Consiste no uso de fármacos orais com potencial de aumentar o fluxo sanguineo para o pênis e, consequentemente, podem melhorar a capacidade de ereção do paciente.
  • Tratamento medicamentoso inetável
    Consiste no uso de fármacos vasodilatadores que melhoram o fluxo sanguíneo por mei ode injeções aplicadas diretamente no pênis.
  • Prótese peniana inflável e maleável
    Indicada para pacientes que não respondem a outros tipos de terapia, a prótese peniana consiste em um dispositivo implantado cirurgicamente no interior dos corpos eréteis.

Se você ficou com alguma dúvida, procure seu andrologista.

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