Conforme o envelhecimento masculino, suas concentrações séricas de testosterona diminuem. Este declínio é gradual e de um grau modesto, sendo conhecido como uma característica comum ao envelhecimento. No entanto , não é o simples ato de ficar mais velho que reduz a quantidade desse hormônio. Outras condições, também, colaboram com essa diminuição, como:
Obesidade e condições de comorbidade: Os níveis de testosterona total em homens obesos são menores do que em homens de peso normal da mesma idade. Os níveis de testosterona total e livre são mais baixos em homens que têm uma ou mais comorbidades do que em homens da mesma idade;
Mudança nas gonadotrofinas: A queda da testosterona com a idade foi associada a um aumento de LH, sugerindo um grau de hipogonadismo primário.
Efeitos esperados
Efeitos na espermatogênese: A produção de esperma não parece mudar dramaticamente com o aumento da idade. O tamanho testicular, que reflete principalmente o volume ocupado pelos túbulos seminíferos, é um pouco menor em homens mais velhos, de acordo com pesquisas.
Consequências da queda da testosterona em pessoas mais velhas
Alguns estudos incluem um declínio na libido e na atividade sexual, diminuição da massa e força muscular, humor deprimido, diminuição da densidade mineral óssea e anemia.
Tratamentos indicados
A terapêutica mais indicada para tratar essa condição é a reposição hormonal de testosterona. No entanto, nem todos podem ser indicados para essa intervenção. Confira!
Candidatos potenciais à terapia: É controverso se homens mais velhos, que têm baixa testosterona por nenhuma razão discernível além da idade, se beneficiarão com o tratamento com testosterona. Em contraste, há um consenso geral de que homens mais velhos com testosterona inequivocamente baixa devido a doença hipotálamo-hipofisária ou testicular devem ser tratados com testosterona como homens mais jovens.
Em 2015, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA instruiu os fabricantes de produtos de testosterona a declarar em seus rótulos que esses produtos são aprovados apenas para homens com baixo nível de testosterona devido a causas conhecidas.
No entanto, outros grupos de especialistas argumentam que pode haver um papel para a terapia com testosterona em pacientes selecionados.
De acordo com a Food and Drug Administration (FDA), alguns casos são indicados:
Homens mais velhos que têm sintomas e condições sugestivas de deficiência de testosterona, com níveis séricos de testosterona consistentemente e inequivocamente baixos após discussão explícita dos riscos e benefícios potenciais;
Não é recomendado a prescrição rotineira de testosterona para homens mais velhos com baixos níveis de testosterona na ausência de sintomas e condições de deficiência de androgênio (ou sintomas sem níveis inequivocamente baixos de testosterona).
Principais benefícios da intervenção
Função sexual: A terapia com testosterona foi associada a uma melhora moderada na função sexual, incluindo atividade sexual, desejo sexual (libido) e, em menor grau, função erétil;
Função física;
Função cognitiva;
Anemia;
Densidade óssea.
Alguns efeitos adversos possíveis
Apnéia do sono: Dados de um pequeno número de homens com hipogonadismo sugerem que mesmo a reposição fisiológica da testosterona aumenta a apnéia do sono;
Eritrocitose – O tratamento com testosterona em homens mais velhos, especialmente com ésteres de testosterona de longa ação em doses comumente empregadas, causa eritrocitose, entre outros.
Dessa forma, é necessário o acompanhamento junto ao médico, a fim de avaliar a causa da redução da testosterona conforme o envelhecimento e qual o tratamento mais indicado.